quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Triste demais :(

A loucura da "Babilônia" me engoliu os segundos e pouco tempo (ou nenhum) é o que sobra pra postar aqui.

Como não avisei aos amigos sobre esse Blog e poucos (pouquíssimos) sabem da sua existência, não me sinto constrangida em vir aqui, em meio a esse caos, só pra dizer:
Ainda não tenho opinião cem por cento formada sobre tudo isso! Hahaha

"Guerra civil? Não onde eu veja!", foi o post anterior...

Felizmente eu não presenciei nada dessa "nova guerra", nada aconteceu perto de mim. Ainda assim, a verdade dessa última semana salta aos olhos.

Parece que estamos naquilo que resta da nossa frágil segurança pessoal, mas a dor de cada ataque desses está presente em cada carioca. Mesmo os amigos que não estão no RJ me dizem isso: cada ato de violência é um soco na nossa cara.

Posso dizer algumas frases soltas daquilo que penso, já fundamentar isso demanda um equilíbrio que, sinceramente, eu não consigo ter nesse tumulto. As tais frases soltas, das quais sou capaz, são:

1) a repressão não é a solução definitiva, mesmo que pareça a unica: se não resolver-se a questão social, a divisão de renda, nunca teremos paz de verdade. ainda que o momento seja de enfrentamento, já é hora de procurar e eliminar as causas da marginalidade;

2) diferente de muitos, eu não vejo a legalização das drogas como saída, como uma alternativa para o problema. Digo isso porque as vejo como um instrumento capitalista para desmobilizar os movimentos, alienar a juventude, mudar o foco. O jovem que consome drogas não está apto a se levantar diante do sistema.


Quem defende o contrário, argumenta que muito sangue não seria derramado e que a criminalidade seria a mais prejudicada com essa medida, pois perderia seu alto lucro. Eu digo que, independente da legalização das drogas, a sua venda e consumo destroem a perspectiva revolucionária. Essa é uma estratégia capitalista para aplastar o movimento popular (vide o caso dos Panteras Negras - EUA).

3) Se por um lado as UPPs não resolvem o problema e não passam de um projeto superficial, como vi muitos dizerem (friso que ainda não tenho subsídios para me aprofundar nisso e afirmar de boca cheia), por outro eu creio que recuar nesse momento pode ser uma demonstração de vitória para as organizações criminosas: isso pode ser altamente perigoso!

Faltam-me o equilíbrio e as informações mais profundas... por isso a provocação.

As unicas coisas que ainda afirmo com toda a certeza sobre a minha cidade é que ela é maravilhosa, tem um povo forte e guerreiro, vai superar mais essa e o principal:  "O Rio de Janeiro continua lindo"!!!